Sunday, September 21, 2008

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Thursday, November 16, 2006

Dando...e tirando!

É notável como algumas empresas tem como hábito direcionar suas ações no sentido de nunca dar “colher de chá” aos seus clientes, não importa a situação.
A rede de lojas Cassol em Florianópolis instituiu o sorteio de um apartamento, no final do ano, entre seus clientes.
Para cada 20 reais em compras o cliente recebe uma cautela.
Embora seja uma loja de ferragens, tintas, material de construção, etc., onde muitas vezes são feitas pequenas compras individualmente, não é permitido somar as notas, e muito menos é feito qualquer arredondamento no total. As cautelas são entregues conforme o valor de cada nota de compra individual.
Se você fizer uma compra de 39 reais, só tem direito a uma cautela para o sorteio.
Se você possuir 10 notas de 39 reais cada, vai receber exatas dez cautelas, embora a soma das notas seja de 390 reais. Deveria dar 19 cautelas e sobrariam 10 reais...
Como o prêmio deverá ser entregue, sorteado para apenas uma cautela, qual a diferença para a loja se houver mais ou menos cautelas concorrendo? O que ela ganha em "poupar" cautelas?
É claro que esse raciocinio contra o cliente está previsto no regulamento, a rigor não caberia reclamar, a não ser na ótica que está sendo feita aqui.
Entretanto, quem "bolou" o regulamento conseguiu “inventar” uma regra que acaba aborrecendo o cliente. Isso tira dele a sensação, (embora relativa), de que está tendo maiores chances de ganhar.
Qual a razão de fazer isso? A opção entre deixar o cliente mais feliz porque recebeu mais cautelas, (e achar que tem mais chances), ou irritado, por se sentir lesado pela sistemática, era da empresa, era simples e não custava nada. Mas a empresa optou por irritar o cliente...
Mesmo tendo o benefício de concorrer ao sorteio de um bom prêmio, esse regulamento consegue fazer com que o cliente, no mínimo, "torça o nariz" na hora de receber as cautelas. Não adianta dizer que com menos cautelas há mais chances...
Ele fica mesmo é com o pensamento descrito no início desse post: até na hora de dar o que não custa NADA as empresas agem com o pensamento de "explorar" o seu consumidor. QUE COISA!

Monday, November 06, 2006

Ticket vencido...

Resolvi comer um sundae de morango na loja do Bobs, na área de gastronomia do Supermercado Angeloni da Beira Mar.
Na hora de me servir, a atendente informou que havia um problema na temperatura do sorvete, e perguntou se eu poderia esperar alguns minutos até resolver a situação. Informei então que preferia fazer as compras no supermercado e voltaria mais tarde. Levei meu ticket, onde a atendente escreveu que eu não o havia utilizado.
Acabou acontecendo que demorei mais tempo do que o esperado e não consegui retornar ao Bobs para sentar e desfrutar meu sorvete calmamente.
Resolvi deixar isso para o dia seguinte.
No outro dia, quando apresentei o ticket, a atendente foi falar com alguém no fundo da loja e, passados uns 2 minutos, voltou e, sem qualquer pergunta, me informou que “iria abrir uma exceção e me atender, mas aquele ticket não tinha mais valor, pois devia ser utilizado no dia da emissão”.
Ora:

1 – Se o ticket não tinha mais valor, porque me atender?
2 - Se tivesse perguntado o que aconteceu, ficaria sabendo que ele não foi usado no dia por um problema que não foi causado por mim;
3 - Porque alegar uma regra que não estava escrita em lugar algum? Perdeu uma boa oportunidade de não falar nada.
PORQUE ALGUNS FUNCIONÁRIOS GOSTAM DE DEMONSTRAR QUE ESTÃO FAZENDO UM FAVOR POR UM SERVIÇO QUE FOI PAGO?

Desconfiar ajuda?

A safadeza que às vezes parece estar tomando conta do país acaba gerando nas empresas uma desconfiança generalizada nos seus clientes, o que também é desesperador, e, quase sempre, serve apenas para constranger, sem qualquer resultado prático.
Em nome de querer extinguir qualquer risco de prejuízo, optam por rotinas nada inteligentes.
Cada vez que faço compras no Angeloni Beira Mar (e apresento o cartão fidelidade da rede, que acumula pontos, e ao mesmo tempo é um cartão de crédito Visa), me pedem um documento de identidade.
Não importa o valor.
Há dias, fiz uma compra de exatos R$ 13,31. Quando perguntei qual a razão da procedimento, a resposta: "esse cartão pode ser sido perdido ou roubado, então é para a sua própria segurança".
Ora, isso significa que se a preocupação é para proteger o titular do cartão, e me pedem uma identidade, então eles não tem certeza de que eu, naquele momento, portador do cartão, sou o seu titular, e posso ser a pessoa que roubou esse cartão!
Ou seja: até prova em contrário, aquele sujeito quase sexagenário que se apresenta num guichê do Angeloni, comprando pão e frios para um lanche no fim da tarde, pode, naquele momento, estar tentando dar um golpe milionário no Angeloni.
É UMA DESCONFIANÇA CONSTRANGEDORA E, NAS CIRCUNSTANCIAS, DESNECESSÁRIA E INUTIL.
Que, obviamente, não vai inibir quem está a fim de, efetivamente, praticar uma fraude, porque que faz isso já vai preparado para toda a situação.
Mas que coloco o verdadeiro cliente na vala comum da desconfiança por qualquer preço.
Isso acontece todas as vezes que utilizo o Angeloni, mas achava que somente as compras de maior valor obedeciam essa rotina.
Agora, vi que preciso cuidar melhor de minha apresentação pessoal, devo estar com um visual terrível, que não inspira qualquer confiança, pois acabei de descobrir que minha estampa não vale 13 reais.
Descobri também que o Angeloni prefere desconfiar do sujeito que está no guichê de caixa do que arriscar perder 13 reais...
Aliás, se alguém tentar passar um cartão roubado fazendo uma compra desse valor, ele precisa ser preso não pela fraude, mas pela burrice...

IDOSO?

Num país onde ter mais de 50 anos é uma restrição, infelizmente a palavra “idoso” tem um peso desconfortável. Os bancos, supermercados e quase todos os locais onde há atendimento de público possuem hoje um guichê ou fila destinada a “idosos”. O QUE QUER DIZER IDOSO? 60 ANOS? 65 ANOS? PORQUE NÃO ESCREVER “PESSOAS COM MAIS DE 60 (OU 65) ANOS”?